sexta-feira, 3 de outubro de 2014

podia bem ser uma história. mas esta é só para contar ao vento, porque sim. ela tem três filhos e está grávida do quarto. ele rejeita-a na cama e os filhos serão o retrato do sexo. e o corpo, consola-o com o tal molete branco e sem sal. de um lado, a subserviência de uma pela ideia de amor; de outro, a subserviência da outra pelo facto de ser com ela que ele cheira e saboreia e apalpa o amor - porque também lhe chama amor.

ser a outra dá para os dois lados dele: uma sabe da outra e não se importa por ficar com os factos; a outra finge que não sabe que ele tem outra para não ter de se importar. ser miseravelmente a outra. são ambas outras. afinal, ser a outra parece ser fácil - já que ser a única é onde reside a dificuldade.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.