segunda-feira, 22 de setembro de 2014

voltando a isto, "fiquei a pensar nisto que Johann Herder disse: Não há coisa que demonstre de maneira mais decisiva o carácter de um homem ou de uma nação do que a maneira como são tratadas as mulheres". apetecia-me conversar com ele, com o Johann Herder. mesmo. o seu pensamento influenciado pela linguística, pela poesia e pela mitologia - teoria - só pode ter resultado em coisas boas na prática. 

tenho a sensação que alguém terá interpretado isto de outra maneira - de outra forma porque razão haveria eu de andar a receber telefonemas em forma de engano só para me dizerem o nome de alguém que supostamente é conhecido por tratar mal as mulheres? é uma sensação estranha a de acharmos que acham que nos esquecemos e que precisamos que nos avivem a memória. porque haveríamos de esquecer algo ou alguém? não nos lembrarmos de que existe é outra coisa, sinal de que não nos surge nos pensamentos naturalmente porque não nos toca de forma alguma.

aqui fica, portanto, o recado: com quem me apetecia conversar era com o Johann Herder. e também com ôutras pessoas, claro. mas como conversar implica um fluxo verbal e uma vontade explicita e espontânea de ambas as partes, não há conversa. até porque o Herder já foi comido pelos bichos e só conversa comigo em sonhos.

 

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