terça-feira, 12 de agosto de 2014

salobrar

nem o Freud ever conseguiu explicar how sonhos podem ser tão reais. começo a achar que ler muitos artigos em inglês, já ando fartinha, ando fartinha de tudo ali no ganha pão, agora apetece-me dizer que antes de ganha pão é mais ganha pão ralado, ou côdeas, é mais côdeas, picam-me o pensamento com esta coisa de língua salobra. e que interessa isso? interessa tanto como os sonhos de olhos fechados. é como ir ao cinema. quer dizer, como ir ao cinema não - já que podemos sair a meio ou fazer com que o pote enervante das pipocas de alguém se desfaça no chão. no cinema podemos controlar a tela pelo livre arbítrio. os sonhos são outra coisa, são desejos ou então repulsas. mas está tudo lá com cada pormenor que acordados nem tínhamos dado conta. quer dizer, pormenores é comigo e os meus sonhos são o cúmulo do pormenor - um arraial minhoto de pormenor, bem visto. talvez chore. ou talvez não me dê para chorar, só para pensar. o que importa sempre, pés em pontas de chão que pés chatos dispenso - é razão a mais, é não fazer viver a ilusão.

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