sexta-feira, 22 de agosto de 2014

como se o mundo coubesse, e cabe, em uma bomba de gasolina: os combustíveis estão pela hora da morte, quer dizer nem tanto assim porque a hora da morte deve ser aquela cujo preço da vida fica impossível de pagar, e somos obrigados a meter a mão naquela pistola pestilenta e comunitária, nojenta, somos obrigados a meter a mão na merda. depois pagamos como se nos tivessem prestado um serviço - e um bom serviço.

de repente, podemos ser salvos por uma epifania de nos chamarem anjo. meu anjo. talvez uma simpatia, ou um mero sorriso, nos salve naquela hora de quase morte. porque os anjos, de facto, existem: os anjos são pessoas pouco comuns que conseguem ver o melhor nos outros ainda que recebam apenas o pior.

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