domingo, 5 de maio de 2013

quando a fantasia não é, de todo, a realidade

é preciso deixarmos que ela, a fantasia, se sinta rainha. e, como meros espectadores, permitimos que se sinta capaz de cobrir a luz da claridade que é a realidade. deixamo-la entrar de fininho e ficamos a apreciar como se instala e como quer convencer-nos de que é real e de que a realidade é, bem visto, uma fantasia do caraças. não o fazemos com maldade, tampouco mentimos nos factos da vida real - simplesmente deixamos que pense que está a abafar-nos nos seus lençóis ávidos de converter-nos naquilo que pretendem. e o que pretendem todos aqueles que querem convencer-nos de que a distância física não existe e que imaginar é viver realmente é isso mesmo: sentirem o poder da imaginação deles na nossa, como se manipular a nossa lhes desse o poder da deles. é, portanto, mentira de que a ideia que fazemos de alguém ou alguma coisa é a realidade e que esta ideia fantástica é real - e essa é que é a verdade. damos a descobrir aos outros o quão poderosos podem ser, escondendo fingimento solidário, para percebermos realmente quem são e o que querem. e o que querem é sempre o mesmo: fazer da imaginação a mais forte arma de arremesso, não a favor como pretendem que seja, contra a realidade. a realidade é sempre maravilhosa se vivida de forma fantástica e em conformidade com o que sentimos ao contrário do que é viver a fantasia realmente. e esta passagem tantas vezes tão ténue em tantas cabeças cheias de ego é quem dita, mais do que quem queremos ser, quem somos. eu proponho um brinde a todos aqueles que, mascarados de fantasia, se propõem a manipular a realidade estando certos de que o conseguem - há espaço para todos. e proponho dois brindes a quem que por algum tempo deixa que pensem que a realidade possa ser inequivocamente manipulada pela fantasia - afinal de contas ajudar os outros a encontrarem o seu caminho será sempre uma prioridade.

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