quinta-feira, 4 de abril de 2013

acontece

é um carreiro, um potencial caminho das cabras - digo potencial porque nunca lá vi uma -, de largura não mais que dois metros, pedras estendidas - e emmusgadas, palavra inventada agora - ao sol e ao que o tempo quer, onde me sento quase todos os dias aquando do passeio da deusa. e é lá, por entre formigas frenéticas e flores despenteadas e bichesas frágeis, que descanso o cansaço dos dias de doença e afazeres de enfermeira postiça e de filha legítima, lá e aqui, que desfaço tristezas e trituro amarguras. mas nem todos os dias são dias - há uns e outros que de tão pequenina me sentir a alegria não cabe no entrar. acontece. e não a forço, a alegria é livre.

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