domingo, 13 de janeiro de 2013

invisível. in visível.

tive um sonho imensamente, incansavelmente, erótico. e andei toda a manhã a pensar como havia de defini-lo visto que os corpos estavam lá mas, contudo, apenas se sentiam, não se viam, uma espécie de energia com carne mas em carne sem rosto. andei então a pensar quando até esqueci a chave por dentro da fechadura e tive de subir uma escada, varanda assaltada, para entrar. 

agora já sei: foi um sonho erótico invisível, estranho, mas o estranho não tem necessariamente de ser negativo, delicioso - estava lá tudo o que preciso e quero, in visível, porém com véu, ai que pena ter acordado! quero dormir! deitar-me nos lençóis da água fresca a escaldar e fazer borbulhas de alegria! lamber cada pedaço do mel que é malagueta! cobrir-me com o edredon de pele em arrepio! ai que quero dormir para perder o pio! 

e a dança começou, o erotismo é sempre uma dança, com este som que, confesso, tive de procurar por não saber de onde vinha. mas encontrei.