quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Carrol, querido, a Olinda está contigo!

quando Lewis Carrol, pseudónimo de Charles Lutwidge Dogson, escreve uma - de muitas - carta de amor a Gertrude (Oxford, 28 de Outubro de 1876) em que diz colocar cento e oitenta e dois beijos em uma caixa, cuidadosamente, para não se perderem, está a revelar a sua timidez e a razão porque dedicou grande parte da sua vida literária às crianças. trata-se de uma infantilidade tão gostosa, tão inocente, que senti subitamente vontade de lhe dizer que poderia, igualmente, ter comprado um apito de madeira e soprado nele antes de enviar à Gertrudes - onde ela poria também os seus lábios, tamanha a absorção da saliva acetinada, como só poderia ser a sua, pela madeira.