sexta-feira, 24 de agosto de 2012

D. Miguel Januário, O IDIOTA

Funeral de Portugal, curiosidade minha a mil, fui ler para corar de vergonha pela pseudo-arte de pseudo-artistas através de uma pseudo-brincadeira de mau, péssimo, execrável, gosto. brincar à morte do país, do meu país, é dizer que todos os que perderam as casas e os empregos também morreram; enterrá-lo a choro de mulheres e amantes e carpideiras é, por outro lado, assumir que andaram a ser valentemente fodidas e choram, por isso, de saudade; carregar Portugal pelas mãos durante quilómetros a fio é um apelo à resignação do que vai e não volta. (há, depois, aqui, o parêntesis de dizerem que após o funeral espera-se a ressurreição e a reconquista) 

olha que nojo de abordagem em timbre católico - como se católica fosse a encenação de uma morte anunciada na capital europeia da cultura. agora lembrei-me do Woody Allen, satirizar merece inteligência, qu'isto só pode ser uma valente cagadela de boi para acabar de vez com a cultura.


(quem me dera que D. Afonso Henriques entrasse na brincadeira e enrabasse o D. Miguel Januário, O IDIOTA, autor do evento.)