quarta-feira, 1 de agosto de 2012

câmara lenta

se a pressa é a sola dos sapatos da modernidade - a lentidão, ai! como eu adoro a lentidão!, é a planta do pé, não de aquiles porque esse era dado aos calcanhares, daqueles que sabem como manter o bom e extinguir o mau. abrandar o ritmo seja do que for, orgânico ou mental ou espiritual, só pode fazer crescer ou fazer desaparecer - tudo se apanha, tudo se consciencializa e tudo se transforma. e a espontaneidade em câmara lenta é mais bonita ainda, não há paradoxo algum: nunca se atrasa a uma hora que não está marcada mesmo não usando relógio. já assim era, a bonita espontaneidade, mas em lentidão não precisa sequer fugir do trânsito porque já não há trânsito (o trânsito é uma invenção da pressa). afinal, começa a ser mais fácil e simples viver.

vamos celebrar.