terça-feira, 6 de dezembro de 2011

quando chegam vêm carregadas de força e qualquer luzinha ténue ou som tímido é motivo de interesse: abrem-se as persianas da alma como se o dia começasse a uma hora qualquer - e começa. o dia começa quando nós queremos que comece ou quando os interesses meios forçados e meios por forçar, como são os que não têm interesse nenhum, acordam numa algibeira manhosa, misteriosa e poderosa, a que chamam insónia. não faço ideia se desceu do latim ou do mandarim, mas quem me dera que rimasse com alecrim, pelo cheiro - não de peixe- de flor, seria forte sinal de deleite, não fossem obrigação dos prazeres serem prolongados, parece-me injusta a palavra, e como diz o outro quem diz que o mundo é justo, mal escolhida se é coisa de gente, inolinda de repente, mas pode bem estar a ser inrodrigo, parece que é mas não pode ser um castigo, só pode ser coisa da mente que pensa que sente e que mente ao pensar: a insónia nem sequer será filha da razão, tampouco do coração, será filha de uma puta qualquer - que deixou escapar os sonhos em troca de uma vigília constante, de engonhos, onde não cabe um único malmequer, onde só cabe o frio do vidro na entrada e na saída. os filhos aos pais, insónia, vai para quem te pariu.

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