segunda-feira, 9 de maio de 2011

não as usem: obrigada.

engraçado como as gentes confundem tudo: a homossexualidade sempre existiu, mas agora está na moda. e se está na moda, não é de bom tom ter uma opinião desfavorável sobre alguma coisa que pretendem. e se assim é, somos acusados de preconceituosos. eu quero lá saber se vocês gostam de pataniscas ou de arroz de pato, de homens ou de mulheres. uma coisa eu sei: se depender de mim, não vão poder nunca adoptar crianças - as crianças não têm de apanhar com as vossas modas e já lhes basta terem de crescer sem um dos pais quando um deles morre ou se divorcia. eu preferi crescer só com o meu pai, e com as ausências que isso trouxe, do que crescer com dois pais homens ou com a mentira de que o outro era a minha mãe postiça. havia de ser bonito, eu entrar no quarto deles ao domingo de manhã, como fazia sempre com o pai e com a mãe, e perceber que afinal o normal é um homem chupar na pila de outro homem. e depois, na escola, a professora perguntar-me como nascem os bebés, e eu dizer que nascem quando um homem vai ao cu a outro homem. e depois, mais tarde, já crescida, e quando percebesse que afinal não é nada assim, teria de perceber que cresci a perceber tudo mal - e que afinal o meu pai, que tinha casado com a minha mãe e tinham tido filhos, passou a gostar de gajos depois de ela morrer - ou então que já gostava mas viveu uma mentira. foda-se. coitadinhas das crianças.

(as crianças são crianças, não são atrasadas mentais. não as usem: obrigada.)

4 comentários:

  1. Olha, vou abster-me de comentar como comentaria, se não fosse pela estima que te tenho, este teu post.
    Não sou politicamente correcto, como já deves ter reparado, tal como não alinho em modas nem sou rabicholas. Mas o que afirmas e como o afirmas é uma despromoção de um grupo específico de seres humanos que pode ser aplicada a pretos e a ciganos se vestires os argumentos com outra roupagem.

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  2. ouve, nem pensar nisso de preconceito - e se me conhecesses a sério, entenderias. mas conheço alguns casos reais em que - para conforto dos pais gays e desconforto das crianças -, as cabeças dos miúdos são um desastre de dúvidas. e o preconceito é-lhes debitado pela sociedade: a eles que são inocentes.eu não sou sou contra a homossexualidade mas sim a favor da preservação do bem estar das crianças - que é um todo e não só a parte do acolhimento. :-)

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  3. E se conhecesses casos reais que desmentissem o pressuposto, eras mulher para mudares de opinião e desdizeres-te?
    :)

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  4. talvez, claro: só os burros é que não mudam. mas teria de basear essa mudança no que eu visse e ouvisse e não no mero relato.:-)

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