quarta-feira, 27 de abril de 2011

baía das porcas zero - pés sorridentes um

é incrível ao que as mulheres se sujeitam em busca de aparências perfeitas - sombras de almas desfeitas: eu vi, com estes olhos que um dia a terra não há-de comer e com os cornos que todos os dias se deitam na palha, agora lembrei-me desta expressaão tão engraçada que li, que me disse, casmurrice e graça é como defino a sua boca, mulheres a serem embaladas em frigofilme e enfiadas numa espécie de forno para, por aquecimento, perderem a banha. aquilo parecia a baía das porcas. é que depois ficam, temporariamente, como o entrecosto grelhado, com riscas escaldadas nas carnes e na alma também - cada risca de quente equivale a um centímetro (isto sou eu a imaginar as suas almas, sem gente, a pensar). e depois vão para casa contentes insultar o assado que é pecado e o pão de milho que não é para ser fodido. e ao fim de vinte idas ao forno a garantia de encolhimento é vendida, como que em segredo, contada aos poros da pele, massacrada, que nem respira nem nada.

já a minha oferta de massagem, descobri que afinal a páscoa traz coisas duras, que é isso dos moles em tudo,  foi reveladora: não possuo tensão acumulada no dorso - o que hoje em dia não é normal - nem sofro de tendinites na alma, à conta do que o rosto das mãos se riu. até a fazer massagens se pode conversar e melhorar o dia de alguém. tanto que ganhei um prémio, talvez de miss tagarela: uma massagem especial aos pés. e os meus pés já só aguardam, com bocarras sorridentes, mais uma conversa.

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